quarta-feira, 15 de julho de 2020

Eleições 1976

Foi em 12 de Dezembro de 1976 que se realizaram as primeiras eleições autárquicas em Portugal. Experiência única de democraticidade e de participação dos cidadãos na escolha dos que, mais perto de si, iriam assumir a administração local.

Para a presidência da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha concorria pelo PPD José Nunes Alves, que já ocupava o cargo desde os finais da década de 60, quando Vale Guimarães era governador civil de Aveiro. Nunes Alves passou incólume a turbulência do 25 de Abril de 1974, por se lhe reconhecer o seu passado de democrata, a sua capacidade de trabalho, a sua seriedade.

Presidiu à comissão administrativa que se seguiu à dissolução dos órgãos administrativos decretada após o 25 de Abril.

José Nunes Alves venceu e continuou por mais uns anos. Até 1981, quando faleceu.

A primeira Câmara Municipal eleita, de Albergaria-Velha, ficou assim constituída:

José Nunes Alves (PPD)

Prof. Rogério Camões (PPD)

Dr. Henrique Souto (PPD)

Eng. Rui Tavares (CDS)

Gualdino Silva (CDS)

António A. Martins Pereira (CDS)

Aires Rodrigues (PS)

A primeira Assembleia Municipal, eleita na mesma data, ficou presidida pelo Dr. Flausino Pereira da Silva. Dela faziam parte entre outros, Dr. Júlio Pereira (CDS), Lutero Letra da Costa (PPD), Armando Santos (PS), Carlos Mortágua (PPD), Mário Vidal da Silva (PPD),  Sebastião Resende (CDS), Silvino Lopes (PPD).

Os primeiros presidentes das Juntas de Freguesia, igualmente eleitos nesse dia, foram:

Albergaria: Manuel de Silva (CDS)

Angeja: Domingos Rodrigues de Silva (PPD);

Alquerubim: Manuel Barreto (CDS)

Branca: Grive da Silva Gomes (PPD));

Frossos: José António Praça (PPD);

S. João de Loure: Inocêncio Marques (PPD);

Valmaior: Manuel Letra (CDS)

Ribeira de Fráguas: João António da Silva (CDS)

Rogério São Bento Camões, Flausino Pereira da Silva e Carlos Manuel Melo Mortágua são os totalistas, pois desde 1976 que ocupam, ininterruptamente, cargos autárquicos.

Nos 20 anos de poder local, bem merecem, juntamente com os outros eleitos, a nossa homenagem.

Jornal de Albergaria, 19/12/1996

quinta-feira, 4 de junho de 2020

As eleições de outubro de 1969

Henrique Mendes (RTP) menciona os resultados dos concelhos de Torre de Moncorvo, Montalegre, Vila Nova de Gaia, Maia, Barreiro, Moita, Palmela, Almodôvar, Alvito, Aljustrel, Figueira da Foz, Ferreira do Zêzere, Entroncamento, Cartaxo, Albergaria-a-Velha, Oliveira do Bairro, Mealhada, Espinho, Castelo de Paiva, Aveiro, Arouca; quadro com os resultados eleitorais.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/resultados-das-eleicoes-para-a-assembleia-nacional/

Arquivo RTP




Manuel Homem Ferreira — Nat. de Albergaria-a-Velha. Tem 47 anos; licenc. em Direito pela Universidade de Coimbra. É advogado. Foi deputado à Assembleia Nacional na VII (1957-1961) e VIII Legislatura (1961-1965). Fez parte do concelho jurisdicional da Associação de Futebol de Aveiro e é presidente da comissão distrital da União Nacional de Aveiro.

As eleições de outubro de 1969 - João Palma-Ferreira (1970)

Obs: Foi igualmente deputado à Assembleia Nacional na X (1969-1973) e XI Legislatura (1973-1974).

Dados Biográficos no Blog de Albergaria

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terça-feira, 2 de junho de 2020

Manuel da Costa e Melo, 1913-2002

Manuel da Costa e Melo, 1913-2002

O Dr. Costa e Melo nasceu em Mourisca do Vouga, Águeda, em 1913.  Fez o seu estágio de advocacia e notariado em Albergaria-a-Velha.

Em 1931 colaborou com a Gazeta de Albergaria.

Colaborou com o Arauto de Osseloa mas foi convidado a sair após quaixas feitas à direcção do jornal.

Em 1995, já reformado, Costa e Melo escreveu vários artigos no Jornal de Albergaria. Nessas croniquetas, como lhe chamava, abordou vários assuntos relacionados com a nossa terra.

Memória de Albergaria em forma de saudades


- Era uma vez... - 09/02/1995
- O Dr. António Pinho- 23/02/1995
- O Dr. Hernani - 09/03/1995
- O doutor Silvino - 23/03/1995
- O Vasco Mourisca - 06/04/1995
- Os filhos de Adão - 20/04/1995
- A Senhora do Socorro - 25/05/1995
- O Frias (presente no assalto ao D. Maria) - 08/06/1995
- Arauto de Osseloa - 22/06/1995
- Última crónica - 20/07/1995

Dados Biográficos:

Manuel da Costa e Melo nasceu em Mourisca do Vouga, Águeda, em 1913. Licenciado em Direito, desenvolveu uma intensa participação na vida política do país, que lhe valeu a expulsão da Função Pública durante o Estado Novo, vindo a ser reintegrado somente em 1975.

Foi militante da União Socialista, da Acção Socialista Portuguesa e do Partido Socialista e participou activamente nas campanhas eleitorais de Norton de Matos e de Humberto Delgado e nos Congressos Republicanos de Aveiro, em 1957, 1969 e 1973. Após o 25 de Abril de 1974, fez parte da comissão Administrativa da Câmara Municipal, tendo sido, de 1976 a 1979, Governador Civil de Aveiro.

Com extensa obra publicada, Costa e Melo colaborou ainda em diversos jornais e revistas de Lisboa e do Porto e na imprensa regional de Águeda, Albergaria-a-Velha [Gazeta de Albergaria, Arauto de Osseloa e Jornal de Albergaria] e Aveiro.

Jornal da Bairrada - 21/03/2006

Sobre Vasco Mourisca

Tive contactos estreitos com ele quando, já eu instalado em Aveiro, comecei a mostrar os meus pruridos de escrevinhador de jornais e por ele fui convidado a colaborar, regularmente no ARAUTO DE OSSELOA (...)

Estávamos em pleno reino da Censura e o Vasco sabia bem quem eu era e do que era capaz o meu atrevimento, mas não hesitou nem no convite que formulou, nem em aceitar a proposta que então lhe fiz e era:

− Estou pronto a colaborar no teu jornal, se me deres um lugar certo, não importa em que página, e em que eu tenha plenos poderes. Entregarei na Tipografia a colaboração, farei a revisão das provas e tu, Vasco, só me lerás depois do jornal composto, impresso e distribuído.

E qual não foi o meu espanto quando o Vasco, em aceitação à minha atrevida proposta, me ofereceu o lugar de honra na segunda página, a duas colunas, com o título COLUNA-2 que passei a utilizar nas 8 edições em que lá colaborei, com respeito absoluto do Vasco em relação ao combinado.

E foi da minha parte que começou a haver aproveitamentos ilegítimos ou, pelo menos abusivos, do espaço concedido.

O primeiro, quase meigo, foi sobre a função do jurista, em que transcrevi do Bastonário Adelino da Palma Carlos, as seguintes palavras:

"A função do jurista não é dizer qual é a Lei, mas qual deve ser a Lei."

Abordei, no número seguinte, pela rama funda e pelas raízes, o problema moral do uso das bombas em geral e da de Hiroxima em especial.

Seguidamente vieram, como não podia deixar de ser, os símbolos míticos de D. Quixote e Sancho Pança em palavras dirigidas a Miller Guerra, um Quixote desse tempo negro.

Era o começo dos "corninhos de fora" e o quarto artigo, "Quinzena de três picos" abordava Nixon, Pompidou e, de novo, Cazal Ribeiro, dele dizendo que "nem por ser desassombrado no que diz, deixa de ser ensombrado pelo que diz".

E foi no seguinte, o Nº 7, que a coisa começou a azedar quando um leitor, por acaso até amigo e colega, passou a dizer e escreveu que "O Arauto de Osseloa soava a rachado e não lhe interessava" devolvendo-o.

No seguinte, que foi o último da minha colaboração, foram Miller Guerra, Homem de Mello e, de novo, Cazal Ribeiro, os alvos das minhas políticas bicadas, sobretudo quanto ao "nazi de trazer por casa" que o último era.

Corria então o ano de 1973 − ainda faltava um!!!

Foi então que se deu uma chamada do Vasco, ao Governo Civil.

Medricas como era, o Vasco procurou-me no Café Palácio que frequentávamos, para me contar os seus receios.

E foi lá que eu o tentei consolar com esta frase mefistofélica, mas bem impregnada de sorrisos se amizade:

− Deixa lá, Vasco! Se fores preso só tens que me dizer qual a cadeia e a marca de cigarros que fumas!

E lá foi "tremeliques" sem, à volta, ter de me indicar a cadeia e a marca dos cigarros.

O Vale Guimarães era amigo dos dois!

Mas o Vasco, o VASCO MOURISCA era, sobretudo, um Poeta e de tal valia que não me furto ao prazer de aqui deixar mais umas quantas linhas a caracterizá-lo como tal e como homem que às vezes até procurava ser advogado.

Ainda que Licenciado em Direito, com banca montada e presenças, ainda que esporádicas em Tribunais, o VASCO não era um Advogado. Pairava alto demais o borbulhar vulcânico da sua fantasia.

Quando dava ou o faziam dar por si, já os pés não tocavam o firme chão e as asas, desalinhadas, da sua fantasia, tinham arrastado a cabeça, por aí fora em busca de céus novos que tanto podia encontrar no bafiento de uma qualquer Torre do Tombo como na presença válida mas escorregadia de um "Arauto de Osseloa" com o qual despejou ar fresco no tradicional da Imprensa provinciana.

Eu teria assunto para páginas, muitas páginas, baseadas no VASCO.

O meu Arquivo, mesmo, dispõe de cartas, algumas curiosíssimas, em que o verde da tinta que ele usava, embeleza a sua caligrafia personalizada mas legível.

Mas quero-me ficar, aqui e agora, pela Poesia, por, como já disse, o VASCO ser, com todos os seus defeitos e virtudes, um Poeta.

E, como tal, roubar-lhe, para vós, uma dedada do seu talento que ao tempo não foi compreendida pela força das circunstâncias era 1961... − mas encantou a minha sensibilidade, apesar de se prender a realidades geográficas, ao perigo de certas vizinhanças e à esperança que pretendia semear-se ao lado da cana sacarina e em lugar, se possível, do jogo e da prostituição desenfreada.

Era Cuba, já a de Fidel de Castro, mas em que os herdeiros de Baptista pretendiam continuar a clamar pela Paz impondo ou tentando impor uma guerra que lhes permitisse a liberdade, uma estranha liberdade que fosse a dos invasores de braço dado com a servidão dos invadidos. / 71 /

Chamava-se MAR DAS ANTILHAS, fazia parte do seu livro de poesia MAHALIA e, por ser pequeno, apesar de enorme, o poema, não o quero amputar de qualquer dos seus versos:

"Não venhas intervir no meu jardim;
só porque as minhas rosas,
que me agradam a mim,
são, para ti, presenças acintosas!

Cultiva as tuas flores, se bem te apraz,
Aduba, livremente, a tua terra.
Mas não venhas impor-me a tua paz,
que a tua paz, aqui, chama-se guerra."

E julgo que depois do que aí fica, tudo seria demais para caracterizar o Vasco Mourisca, esse senhor que sem deixar de ser de toga, foi, sobretudo e acima de tudo, um homem que em vez de Minerva conviveu com Orfeu.

http://ww3.aeje.pt/avcultur/Avcultur/CostaMelo/GenteToga/Gente068.htm


O Leite de Pinho



Palavras de Manuel Homem Ferreira

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Demissão de Augusto Martins Pereira

Pode ser consultado na internet, em https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=3889412, o processo relativo à Demissão de Augusto Martins Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha (1957/8), pertencente ao Arquivo Salazar.

Revela as relações pouco amistosas com o Governador Civil de Aveiro Francisco Vale Guimarães e com as comissões políticas da União Nacional. O substituto na Câmara foi o Coronel Gaspar Inácio Ferreira.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

As Câmaras Municipais e o Ministério das Finanças entre 1908 e 1975

CATÁLOGO ELECTRÓNICO DO ARQUIVO CONTEMPORÂNEO DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS (Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças 2010)

Até 1974, sempre que uma Câmara Municipal necessitava de contrair um empréstimo, estava obrigada a solicitar autorização ao Ministério das Finanças, que analisava as contas camarárias, por forma a verificar se a edilidade tinha condições financeiras para satisfazer o empréstimo.

No Arquivo Contemporâneo do Ministério das Finanças existe uma vasta série documental, imprescindível a todos os interessados em história local, intitulada «Empréstimos às Câmaras Municipais», que está a ser devidamente descrita e informatizada.

A documentação está balizada entre 1908 e 1975 e um processo é constituído, regra geral, pela seguinte tipologia documental:

-   Requerimento ao Ministro das Finanças solicitando autorização para contrair o empréstimo.

-     Cópia da acta da reunião de Câmara onde se deliberava o pedido de empréstimo.

-     Cópia da sessão do Conselho Municipal.

-     Certidão dos saldos em dívida de empréstimos contraídos anteriormente.

-     Relação nominal das dívidas passivas.

-     Orçamento ordinário do ano económico em que se solicitava o empréstimo.

-     Conta de gerência do ano anterior.

-     Avaliação do pedido de empréstimo pelo Ministério das Finanças.

-     Despacho do Ministro das Finanças.

-     Comunicação à Câmara Municipal do despacho ministerial.

-     Publicação da portaria no «Diário do Governo» a autorizar o empréstimo.


Esta série é uma preciosa fonte documental para todos aqueles que se dedicam ao estudo da história local, uma vez que através destes processos se consegue traçar o quadro socio-económico do país, perceber quais os sectores onde o investimento municipal se fazia sentir com mais insistência, comparar os investimentos díspares entre os diversos municípios do país, etc.

No InfoGestNet, pode agora ter acesso aos registos dos empréstimos das primeiras vinte e cinco câmaras, organizados alfabeticamente. Periodicamente, serão disponibilizados novos registos respeitantes a outras câmaras municipais.

Ana Gaspar, Data: 30/09/2003

CÂMARA MUNICIPAL DE ALBERGARIA-A-VELHA

Empréstimos:


1942/11/01 - Conversão de empréstimo anterior destinado à electrificação de várias localidades

Trata-se do pedido de empréstimo de 100 contos destinado à conversão de empréstimo de igual montante contraído em 1935 para electrificação das freguesias da Branca (lugares de Albergaria-a-Nova e Branca), de Frossos e de Angeja. Desconhece-se se o pedido foi concedido.

1947/12/17 - Electrificação de várias povoações e amortização de empréstimo entre particulares

Trata-se do empréstimo de 800 contos destinado a: 1) Electrificação das povoações de Loure, S. João de Loure, Azenhas, Pinheiro, Alquerubim, Paus, Vale Maior, Ribeira de Fráguas, Telhadela, Nobrijo, Fradelos, Soutelo, S. Marcos e Fontão (700 contos);

2) Amortização do empréstimo contraído para electrificação das freguesias de Branca, Angeja e Frossos, entre particulares (100 contos). Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 227, II série, de 28 de Setembro de 1948.

1950/03/18 - Electrificação do concelho

Trata-se do empréstimo de 215 contos destinado a ligações de alta tensão das linhas da União Eléctrica Portuguesa a vários postos de transformação do concelho, nomeadamente de Alquerubim, S. João de Loure, Sobreiro e Albergaria-a-Nova.

Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 76, II série, de 29 de Março de 1952. Este empréstimo veio substituir um anterior de igual montante feito junto de particulares e aprovado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 34, II série, de 12 de Fevereiro de 1951. A Câmara Municipal solicita a transferência do empréstimo a 4 de Junho de 1951, devido às dificuldades criadas pelo juro muito baixo, ao prazo demasido longo da amortização e aos encargos fiscais da operação para os mutuantes.

1947/12/17 - Abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro

Trata-se do empréstimo de 955 contos destinado ao abastecimento de água à sede do concelho e aos lugares de Assilhó e Sobreiro. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 149, II série, de 30 de Junho de 1951.

1952/12/30 - Aquisição de contadores de água

Trata-se do empréstimo de 240 contos destinado à aquisição de contadores de água para abastecimento de água à vila de Albergaria-a-Velha e aos lugares de Assilhó e Sobreiro. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 86, II série, de 11 de Abril de 1953. A 5 de Dezembro de 1953, a Câmara Municipal solicitou autorização para aplicar o saldo de 85.897$00 para o pagamento do ramal de alta tensão, abastecedor de energia eléctrica da central elevatória de água, o que foi autorizado por despacho do Subsecretário de Estado do Tesouro de 23 de Janeiro de 1954.

1954/12/30 - Abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro

Trata-se do empréstimo de 140 contos destinado ao abastecimento de água à sede do concelho e aos lugares de Assilhó e Sobreiro. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 270, II série, de 21 de Novembro de 1955.1961 - Aquisição de máquinas de contabilidade

1962/12/31 - Abastecimento de água a Angeja, Frossos e Fontão

Trata-se do empréstimo de 700 contos destinados ao abastecimento de água a

Angeja, Frossos e Fontão. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 209, II série, de 5 de Setembro de 1963.

1963/08/30 - Abastecimento de água e remodelação da rede eléctrica

Trata-se do empréstimo de 4500 contos destinado a:

1) Obras de remodelação da rede eléctrica (3000 contos);

2) Remodelação da rede de abastecimento domiciliário de água (800 contos);

3) Aquisição de contadores de água (250 contos);

4) Aquisição de contadores de energia eléctrica (200 contos).

Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 121, II série, de 14 de Maio de 1969. A 20 de Outubro de 1970, a Câmara Municipal solicita autorização para utilizar o saldo de 1300 contos da verba de 3000 contos na compra de terrenos para construção, pelo Estado, da Escola Técnica e na urbanização do local onde se encontra em construção a Escola Preparatória Conde D. Henrique, o que foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 279, II série, de 2 de Dezembro de 1970. Tendo conhecimento que o Estado assumia os encargos com a aquisição dos terrenos referidos, pretende a Câmara Municipal utilizar a verba de 1300 contos na obra de remodelação da rede de abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro, o que é autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 183, II série, de 5 de Agosto de 1971

1964/12/17 - Aquisição de terreno para o mercado e urbanização de Albergaria-a-Velha

Trata-se do empréstimo de 500 contos destinados à aquisição de terreno para o mercado e urbanização da sede do concelho. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 141, II série, de 16 de Junho de 1965.

1968/09/16 - Construção de edifício escolar

Trata-se do empréstimo de 2500 contos destinados à construção do edifício do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário. Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 121, II série, de 22 de Maio de 1969. Contém memória descritiva e projectos para a obra.

1968/12/16 - Construção do mercado municipal

Trata-se do empréstimo de 1500 contos destinados à construção do mercado municipal.

Foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 121, II série, de 22 de Maio de 1969.

https://novos-arruamentos.blogspot.com/2011/04/escola-tecnica-emprestimos.html

Empréstimo de 2500 contos destinados à construção do edifício do Ciclo Preparatório do Ensino Secundário. [autorização: Diário do Governo n.º 121, II série, de 22 de Maio de 1969]

A 20 de Outubro de 1970, a Câmara Municipal solicita autorização para utilizar o saldo de 1300 contos da verba de 3000 contos na compra de terrenos para construção, pelo Estado, da Escola Técnica e na urbanização do local onde se encontra em construção a Escola Preparatória Conde D. Henrique, o que foi autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 279, II série, de 2 de Dezembro de 1970.

Tendo conhecimento que o Estado assumia os encargos com a aquisição dos terrenos referidos, pretende a Câmara Municipal utilizar a verba de 1300 contos na obra de remodelação da rede de abastecimento de água a Albergaria-a-Velha, Assilhó e Sobreiro, o que é autorizado por portaria publicada no Diário do Governo n.º 183, II série, de 5 de Agosto de 1971.

SGMF - ligação antiga

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Albergaria-a-Velha 1958

MERCÊ da sua privilegiada situação geográfica, Albergaria-a-Velha é hoje uma vila bastante desenvolvida e progressiva. Atravessada pelas estradas nacionais Porto-Lisboa e pela internacional Aveiro-Vilar Formoso, tornou-se um centro de grande movimento e ponto de paragem quase obrigatória a todos aqueles que gostam de deliciar-se com os encantos da paisagem.

Não será Albergaria-a-Velha um centro de turismo, mas, sem dúvida, tem um papel preponderante na zona da região do Vouga, uma das mais importantes regiões turísticas do país. A 18 quilometros de Aveiro, capital do distrito e a 58 quilometros do Porto e de Coimbra, Albergaria-a-Velha usufrui uma situação geográfica a todos os títulos magnífica.

Fundada pela rainha D. Tereza em 1117, é hoje uma vila que acompanha o progresso e tem lugar de relevo ao lado das mais importantes vilas da Beira Litoral, contribuindo para isso a riqueza do seu solo e o incremento da sua indústria.

A norte de Albergaria, no Bico do Monte, ergue-se a capela de Nossa Senhora do Socorro, mandada erigir em cumprimento de uma promessa feita a quando da epidemia do cólera morbus, que em 1855 flagelou esta região. Do Bico do Monte, desfruta-se uma paisagem extraordinária de beleza ! Graças à sua altitude, vê-se, dai, com nitidez, o farol de Aveiro e os variadíssimos canais da Ria, que constituem um espectáculo deslumbrante de cor e pitoresco. Para o lado oposto, a serrania imponente parece dominar tudo e todos, destacando-se o Buçaco e o Caramulo, assim como as serras das Talhadas e do Arestal.

Albergaria-a-Velha tem todas as características para, num futuro breve, poder ser, sem favor, um dos principais centros turísticos da Beira Litoral.

Em 9 de Fevereiro de 1910 passou em Albergaria o primeiro comboio para passageiros e mercadorias. Para o desenvolvimento do seu comércio, muito têm contribuído os Caminhos de Ferro como meio de comunicação com os principais centros. Ligando alguns pontos do concelho à vila, com comodidade e economia, contribuem em grande escala para uma maior aproximação, tendo trazido enormes vantagens para as gentes vizinhas.

Albergaria-a-Velha é hoje uma vila moderna e próspera com o caminho aberto para um maior desenvolvimento industrial, comercial, agrícola e turístico que não poderá deixar de verificar-se dentro de breves anos.

Branca

QUEM viajar pelo Caminho de Ferro do Vale do Vouga, ou pela estrada Nacional n.º 1, Porto-Lisboa — encontra entre Albergaria-a-Velha e Pinheiro-da-Bemposta uma risonha localidade que, pelo seu aspecto encantador, agrada, sem dúvida, ao viajante.

Os seus prédios novos, cheios de beleza, a igreja matriz, o novo edifício dos C. T. T., prestes a ser inaugurado, a fábrica de cerâmica, as suas duas estações ferroviárias, os campos marginais, recamados de verdura, são motivo de grande atracção.

Esta linda povoação denomina-se Branca. Auranca se dizia no passado século XIII, o que quer dizer região aurífera.

Com efeito, deveria tê-lo sido em recuados tempos e tanto que, no ano de 1945, foi declarada cativa para o Estado, para efeito de pesquisas de minério de chumbo, zinco, prata e oiro a área poligonal, situada no Concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, cujos vestígios são as pirâmides geodésicas Cabeço-do-Barril e Alto-de-Fradelos, que fazem parte desta freguesia.

Esta localidade foi até 1890 um dos centros mineiros mais importantes do País, tendo paralisado então, devido à má administração das minas do Palhal e Telhadela.

É sabido que existe, nestas últimas, um importante filão de cobre: o poço mestre (como então lhe chamavam) das minas do Palhal, que é, talvez, o mais profundo de Portugal, pois atinge 400 metros de profundidade e as suas galerias, a extensão de 13 quilómetros aproximadamente.

Os montões enormes de pedras e aterro, que se encontram nas proximidades, junto ao Rio-Caima, dão-nos uma ideia do que foi, outrora, a grande actividade mineira, naquelas paragens. Eram, há pouco, pertença das Minas e Metalurgia do Braçal, que as vendeu à SAPEC, tendo esta Empresa montado ali uma fábrica de aços duros, a única no País e a maior da Europa, empregando já um grande número de pessoas

A mesma Empresa, que tem à frente dos seus trabalhos um bom grupo de engenheiros estrangeiros e portugueses, briosamente mandou destruir o casario velho que se encontrava em ruínas, e como a "Fénixsurgiram novos e magníficos edifícios, com esplêndidos jardins, e uma enorme construção destinada às instalações fabris.

O lugar do Palhal, que durante cerca de 70 anos não teve vida industrial, regozija-se agora, ao ouvir novamente o rumor das máquinas e o martelar intenso nas bigornas.

Seguindo o curso do Rio Calma — mais abaixo, cerca de mil metros, depara-se-nos a importante fábrica de pasta química para papel, denominada Caima Pulp & C.°, que ocupa uma grande área nas margens direita e esquerda deste rio, com uma boa ponte, sobre o mesmo.O conjunto dos edifícios é enorme, as construções continuam a fazer-se activamente, tendo sido ali empregados alguns milhares de sacos de cimento e muitíssimo ferro.

É interessante a fabricação da pasta — centenas de metros cúbicos de toros de eucalipto são diàriamente para ali transportados, utilizando-se vários meios de transporte, entre eles, o Vale do Vouga; sendo depois depositados em estaleiros, onde existem, geralmente, milhares e milhares de metros cúbicos de madeira, seguindo dali para a chamada Casa da Lenha, onde um formigueiro humano a reduz a pequenas cavacas, que entrando em enormes caldeiras, são devidamente cozidas.

Uma vez saídas dali, entram numa levada de água, que passando por vários filtros, aos secantes, aqui já em pasta, segue à cortadoria, sendo depois enfardada.

Entre a fábrica e a estação ferroviária de Albergaria-a-Nova — cerca de 5 quilometros — existe um cabo aéreo, que diàriamente transporta algumas centenas de toneladas de pasta e matérias primas.

Esta mesma empresa possui uma área de terreno, plantado de eucaliptos, numa extensão digna de ser admirada, devido aos lindos exemplares de árvores e à sua situação.

O aproveitamento de tais terrenos foi obra dos ingleses, fundadores da fábrica, que os aforaram outrora à Junta desta Freguesia, remindo-os mais tarde.

A contribuição industrial desta empresa é de perto de mil contos anuais e o imposto à Câmara Municipal, de cerca de 100 contos.

Outras indústrias de menor vulto existem ainda tais como: — cerâmica, a serração de madeiras, o Flexicol, moagens, uma estação de serviço automobilístico permanente, e ainda, no lugar de Soutelo, uma fábrica de material cirúrgico, cujo fabrico ultrapassa já, em qualidade, o, até agora, importado do estrangeiro.

Esta freguesia tem presentemente cerca de 5.500 habitantes, sempre em crescente aumento, tendo em vista que, desde o princípio do corrente ano, foram já registados no Posto do Registo Civil, 115 nascimentos e óbitos apenas 24.

O clima é dos melhores, e isso se verificou quando do último questionário acerca da tuberculose, pois apenas apareceram dois doentes, com tuberculose importada—um da América-do-Norte e outro de África.

Na época calmosa, centenas de lisboetas vêm residir entre nós uma boa temporada, regressando à capital, com melhores cores.

A parte baixa é como que um canteiro de lindas flores plantado no sopé da Serra de São Julião e lá no alto, no Telégrafo — mais conhecido por "TALEGRE" — é sítio dos mais apreciáveis, descortinando-se dali toda a costa marítima, que se estende de Espinho ao Cabo Mondego destacando-se a Ria-de-Aveiro e seu Farol.

Vários melhoramentos devemos ao Estado, tais como: reparação de estradas, a construção de 5 edifícios escolares, reparação do edifício-Mãe, nas Lajinhas, electrificação da freguesia, etc, etc..

Outros melhoramentos serão pedidos — por intermédio do Dig.mo Presidente da Câmara Municipal do Concelho, Snr. Coronel Gaspar Inácio Ferreira, a quem esta freguesia muito deve, tais como construção de uma estrada que ligue a Branca, pelo lado Norte, à Ribeira-de Fráguas — passando por Nobrijo e pelos terrenos da Cavada Velha e Vale-da-Vide, ricos em madeiras, mas de valor reduzido, devido aos caminhos intransitáveis que os atravessam.

Uma mina que, a principiar no lugar do Outeiro, atravessa a serra, até ao lado Nascente, aproveitando o importante manancial de águas, que ali nasce formando o chamado Ribeiro Escuro, este, sem aproveitamento.

Esta grandiosa obra, a efectuar-se, seria para a Branca uma grande riqueza, pois poderia irrigar os nossos férteis campos, evitando que centenas de bombas eléctricas, deixassem de movimentar-se, pois o preço da energia, para fins agrícolas, é ainda de 1$20 por KV, talvez o mais caro de Portugal.

Branca, 10-12-1958


(textos da edição da Gazeta dos Caminhos de Ferro comemorativa dos 50 anos da linha do Vale do Vouga)

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Albergaria-a-Velha 1954

ALBERGARIA-A-VELHA é uma povoação antiquíssima a que deu nome uma albergaria fundada por D. Teresa, mãe do Rei conquistador, e onde ainda se pode admirar a inscrição «Albergaria dos Pobres e Passageiros da Rainha D. Teresa».

Situada nos cruzamentos das estradas Lisboa-Porto, Porto-Aveiro, e Porto-Viseu, a sua importância topográfica ditou em 1919 a sua ocupação pelas tropas Couceiristas e a proclamação da Monarquia, que já estava implantada no Norte.

Uma indústria florescente das fábricas de papel, telha, pasta, louças e serração, minas de cobre, algumas com cerca de mil metros de profundidade, uma estação de caminho de ferro de grande movimento, carreiras de camioneta para Coimbra, Lisboa, Porto, Aveiro, Viseu, etc., completam um quadro muito diferente.

E a este progresso podemos acrescentar o comércio intenso de madeiras, vinhos e outros produtos agrícolas, a que o Estado Novo de modo algum tem sido estranho.

Por intermédio da Câmara Municipal, tem vindo a ser desenvolvida uma acção persistente, salientando-se a acção do seu presidente o sr. Comendador Augusto Martins.

Nunca é demais assinalar que se não fosse o esforço administrativo dos homens bons de cada concelho, em prol do progresso material e espiritual da sua terra, numa luta quotidiana que tem de ser travada contra a inércia e o comodismo de muitos responsáveis, se não fosse o espírito de sacrifício e o desinteresse por particularismos que só dividem e prejudicam, não poderíamos hoje contar, como contamos, com uma Albergaria-a-Velha completamente transformada, no aspecto físico como no moral.



*



Na verdade e começando pelas obras públicas realizadas na vigência do Estado Novo, comparticipadas ou não pela Câmara, temos: reparações das estradas municipais de Pardos à Barca do Almear; idem de Frias a Frossos; de Albergaria-a-Nova — lanço do Palhal — à E.N. 16-3.ª; de Angeja a Fontão; de Paus a Alquerubim, 1.ª fase; de Albergaria-a-Nova — lanço da E.N. 1 — para o Carvalhal; de Souto da Branca a Fradelos, por Casaldina — 1.ª e 2.ª fases; desde o campo da Feira dos 22 até ao cemitério de Albergaria-a Nova a Ribeira de Fráguas — fase única e rectificação da Av.ª Máximo de Albuquerque e Largo do Hospital.

Obras concluídas — ampliação do cemitério da Vila de Albergaria-a-Velha.

Obras em curso: abastecimento de água à vila de Albergaria-a-Velha e aos lugares de Assilhó e Sobreiro.

Obras projectadas: em estradas, reparação da de Sobreiro a S. Marcos; da de Azenhas (Colmoma) à estrada municipal n.º 6; de Azenhas até ao Fial, passando por Salgueiral; da estrada municipal 26 até Telhadela, de Ribeira de Fráguas ao Carvalhal — 3 fases; de Beduido à Igreja de Alquerubim e de Pinheiro a Anotas.

Em Águas e Saneamento, está em curso o abastecimento de águas à vila de Albergaria-a-Velha e aos lugares de Assilhó e Sobreiro, cujo orçamento prevê uma despesa de 2.000.000$. Projecta-se, estando para isso votada a verba de 1.000 contos, abastecimento de água à freguesia de Vale Maior; lugares de Fontes e Ameal da freguesia de Alquerubim; lugar de Igreja da freguesia de Ribeira de Fráguas; lugares de Laginhas, Escusa e Casaldina da freguesia da Branca.

Na obra de electrificação de todo o concelho que está em vias de conclusão, despenderam-se já 1.600.000$. Como índice do que se faz neste terreno basta dizer que a majestosa Av.ª Máximo de Albuquerque vai também ser electrificada.

Um ante-plano de urbanização, já homologado por Sua Exª o Ministro das Obras Públicas, está a executar-se em parte, sendo de notar o esforço próprio da Câmara neste caminho, que por sua conta e risco projecta urbanizar o terreno do bairro que está a ser construído pela Misericórdia.

Mas não só nas Obras Públicas ou no Saneamento é que se tem trabalhado. No campo da Educação, Cultura e Assistência, muito se tem feito. Assim, concluíram-se dois edifícios escolares, adentro do Plano dos Centenários — um em S. João de Loure (2 salas de aula), outro em Albergaria-a-Velha (4 salas de aula), e estão a concluir-se o do Sobreiro (2 salas), Telhadela (idem) e Ribeira de Fráguas. É de esperar além disso, que o de Albergaria-a-Nova comece a ser construído ainda este ano por já ter sido adquirido o terreno.

Se o turismo, para que o concelho possui condições notáveis, não tem sido ainda aproveitado, nem nada se tendo feito do Monte da Senhora do Socorro que a isso muito se prestava, em compensação, nestes últimos três anos, só a obras de Assistência foram concedidos subsídios que totalizaim a quantia de 400.890$90, com destino à Misericórdia, Bombeiros, Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e doentes pobres.

O Município procede ainda, a abertura de uma artéria desde o Centro Cívico à Estrada Nacional n.º 1, a reparação de todos os pavimentos da vila, a reparação de um troço de estrada em Frossos, e a construção das casas dos magistrados.

É da colaboração do Estado Novo com os representantes da vontade e do verdadeiro sentir deste concelho que, na senda do progresso destes últimos 25 anos, se espera que Albergaria-a-Velha continue a progredir cada vez mais.

Fonte: Aveiro e o Seu Distrito, 1954

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Albergaria-a-Velha 1944

«... e Albergaría, possivelmente a mais antiga do País e a que, por isso mesmo, se deu o nome de Albergaria-a-Velha, continua a transformar-se, a progredir e, acompanhando, a par e passo, o movimento de forte impulsíbilidade que há onze anos a esta parte imprimem ao País os continuadores do patriótico movimento de 28 de Maio de 1926, aquele solo agreste e quási ínhóspito é duma, fecundidade exuberante e de tais recursos agrícolas e pecuários que bem pode dizer-se que, em relação aos seus habitantes, se basta a si próprio, visto que dêle se extrai ou nêle se cria, com suficiência, milho, trigo, arroz, batata, vinhos, legumes, hortaliças, e aves de espécies diversas e gado bovino, suíno, caprino e lanígero, cujos mercados e feiras são abundantes.»

Sob o ponto de vista da organização associativa, Albergaria-a-Velha e o seu concelho vem seguindo também a marcha evolutiva da época que passa e, orientada por um princípio disciplinado e disciplinador, contam-se já, no seu âmbito, numerosas colectividades ou associações de valor entre as quais é justo destacar a Misericórdia de Albergaria, a Associação de Socorros Mútuos, a Corporação e a Banda dos Bombeiros Voluntários, o Grémio Recreativo, o Sporting Club e o Arregaça Foot-Ball Club, em Albergaria; as Bandas de Música de Angeja e S. João de Loure, a Tuna de Valmaior, a Casa do Povo, em Alquerubím, e a Fundição «Alba».

Comercialmente, Albergaria tem-se desenvolvido também nestes últimos anos, porque, e isso é óbvio, se vêm surgir, por cada lado estabelecimentos de todos os géneros e é crescente o movimento e número de transacções que se verificam nos seus diversos mercados e feiras, entre os quais merecem especial menção o mercado semanal de Albergaria e as feiras mensais de Angeja, em 26 de cada mês, da Branca, nos dias 9 e 22, e ainda o de Albergaria que se realiza também mensalmente, no dia 19.

Mas, se o povo de Albergaria e do seu concelho é essencialmente trabalhador e activo, extraindo da terra, numa luta contínua, o pão de cada dia, é também, e disso se orgulha, um fervoroso crente, e, a par das suas crenças religiosas, de que não abdica, continua a manter o culto tradicional pelas suas festas e romarias, entre as quais, as maiores e de maior tradição e concorrência são: Senhora do Socorro, em Albergaria-a-Velha, no terceiro domingo de Agosto; à Senhora das Neves, em Angeja, no primeiro domingo de Agosto depois do dia 5; à Senhora da Alegria, no domingo de Pascoela.


Albergaría-a-Velha, a cujos destinos administrativos preside uma edilidade composta por homens de valor e de impoluto carácter, que incarnam, absolutamente, o espírito renovador do Estado Corporativo Português, não é agora aquêle ignorado «albergue para os pobres e passageiros» a que D. Teresa a destinou.

Já, a par do comércio, a indústria se desenvolve e vai levar bem longe o seu nome.

A Fundição «Alba», que é, no seu género, uma das melhores do País, e a melhor, sob o ponto de vista das instalações, salubridade e métodos de trabalho; a produtiva fábrica de Valmaior, da Companhia do Papel do Prado, a «The Cáima Pulp C.* Ltd.,» no lugar do Caima — única no País, para produção de pôlpa para papel, a Fábrica da Branca da Empresa Cerâmica, as fábricas de olaria de Assilhó (Albergaria-a-Velha), Biscaia e Angeja, e as fábricas de serração de Albergaria-a-Velha e Albergaria-a-Nova, evidenciam um forte desejo de desenvolvimento e de progresso que, aliás, se traduz nas obras já produzidas após o movimento de 28 de Maio e que a comissão administrativa da Câmara Municipal deste concelho em efectividade há alguns anos já vai realizar e entre as quais avultam a continuação da abertura da Avenida de Assilhó, a construção de retretes públicas, lavadouro de viaturas e bebedouro para animais; a construção de cosas para pobres, na sede do concelho; a construção de lavadouros e fontes públicas; ajardinamento de largos em Albergaria e sedes de outras freguesias; captações e canalização de águas para fontes das diversos freguesias e da vila; reparações de ruas e de estradas de todo o concelho e vila; electrificação de algumas freguesias e instalação de postos telefónicos Públicos em Albergaria-a-Velha e outros melhoramentos de interesse geral, cujos projectos estão em elaboração.

Verifica-se, pois, que Albergaria floresce, se eleva e progride e, que do acanhado Couto da excelsa infanta-rainha, aos poucos se vai formando uma Albergaria maior onde, dia a dia, se albergam maior número de adesões e aplausos à obra gloriosa dos homens do Estado Novo, cujo chefe — Salazar — encarna todas e as mais elevadas virtudes da nossa Raça.

 Caminhos de Ferro do Vale do Vouga - Albergaria-a-Velha (1944, Gazeta dos Caminhos de Ferro nº 1363, ano LVI, 01/10/1944, pp. 511-519)

domingo, 10 de maio de 2020

Albergaria-a-Velha 1930


Albergaria de Hoje (1930)

O presente cliché, é um interessante aspecto de Albergaria — a Praça Ferreira Tavares e Avenida da Liberdade.

A fotografia foi-nos amavelmente cedida pelo nosso amigo Fausto Vidal, hábil fotografo-amador desta vila, sendo uma das numerosas que tirou e que com intuitos meramente patrioticos mandou editar para que se divulguem as belezas da nossa terra.

A colecção que nos foi facultada é interessante, com paisagens bem escolhidas e óptima fotografia, devendo ser posta á venda dentro em breve.

Estamos convencidos de que todos os albergarienses compreenderão bem as vantagens duma larga expansão das belezas da nossa terra por toda a parte e assim de esperar é que acorram a adquiri-la.

Albergaria necessita de ser conhecida fora de portas, paia que os touristes venham aqui admirar os panoramas soberbos que se disfrutam e ao mesmo tempo encher os pulmões de ar puro.

Porque a nossa terra é priveligiada: alia ao belo e útil.

Mas não é só Albergaria. Os seus arredores e todas as freguesias de que se compõe o seu concelho, são duma beleza única, que merece ser admirada por todos.

Gazeta de Albergaria, 20/12/1930

segunda-feira, 4 de maio de 2020

Dois Postais e Albergaria Ontem

Para a História de Albergaria - Dois postais e 'Albergaria Ontem'


(…) em meados de Julho seguinte [1908] eram postos à venda os 14 postais coloridos, com uma tiragem de mil exemplares de cada.

A edição pertencia a Manoel d'Oliveira Campos e António Marques Pereira que eram proprietários das duas mais importantes casas comerciais da vila.

Os assuntos dos postais são os seguintes: dois aspectos da Avenida da Praça Nova; dois da Rua de Santo António; vista geral dos Paços do Concelho e Cadeia; Rua do Hospital; dois aspectos do Largo do Chafariz; dois do Bairro d'Alagoa; Casa da Fonte e Rua de Campinho; vista do Soito; vista do Chorão dos Pelames; vista da Igreja do lado de Campinho e parte interior da Igreja.

O postal em causa foi escrito no Porto e lançado ao correio em 06/05/1909, por um comerciante, João Augusto Corrêa, que não sei se seria do nosso concelho, e dirigido a um irmão, provavelmente caixeiro viajante ao cuidado da posta restante em Oliveira de Azeméis. Daqui peregrinou em busca do destinatário pela Vila da Seixa até chegar ao Hotel Avenida em Coimbra, donde veio a regressar ao remetente no Porto, no dia 15 de Maio, como atestam as inscrições e os seis carimbos do correio no verso.


(…)

Para além das observações já anotadas no artigo [do número anterior] de António José Vinhas, acrescento que ainda documenta a existência, na Praça, das frondosas austrálias que a ensombravam e protegiam dos calores estivais havia dezenas de anos e que iriam ser quase todas cortadas ainda nesse ano, como pode ler-se no «Correio d'Albergaria», para virem a ser substituídas por árvores de menor porte.


Esta decisão da Câmara, então presidida por Domingos Guimarães, Director da Fábrica de Papel de Valmaior, procurava o embelezamento da Praça Ferreira Tavares, para o que também se encarregou o mestre de obras José Vidal de fazer a planta e apresentar um orçamento para a sua regularização. Dois anos depois, já emoldurada com os Lancis de granito, iniciava-se a macadamização da rua envolvente, obra que veio a ser concluída pelo Dr. Jaime Ferreira que também mandou ensaibrar e regularizar o piso da própria praça.

POSTAL PUBLICADO NA QUARTA PÁGINA

Faz parte de uma nova colecção de 12 postais, não coloridos, com aspectos de Albergaria-a-Velha e Valmaior. Foram postos à venda em Agosto de 1913. Cada postal custava 1 centavo (10 réis), enquanto os anteriores custavam 30 réis.

A edição era de «A Central», o grande estabelecimento comercial que António Marques Pereira possuiu durante cerca de meio século no Largo 1.º de Dezembro, onde entroncava a estrada que vinha de Viseu.

Provavelmente porque a anterior edição se encontraria esgotada, um dos editores mandava executar, apenas 5 anos depois, uma outra. Não é caso para estranhar porque o postal ilustrado e a carta eram as formas correntes de comunicação à distância, para além de estar já em moda o coleccionamento de postais.

Apenas cinco anos decorridos, é sensível a diferença verificada na Avenida. Não só o nome passa a ser Avenida da Liberdade, no que antes se conhecia por Avenida da Praça Nova e oficialmente se designava por Avenida Luiz Quillinan, mas o que, no primeiro postal, aparece ainda como projecto tosco, começa agora a ter o aspecto com que iria manter-se por largos anos.

Nos passeios, já com lancis, despontam as primeiras árvores protectoramente engradadas. Tinham sido mandadas plantar no Inverno de 1911, mas, já no verão, várias tinham morrido ou sido partidas pelo «vandalismo» de que se queixava o «Jornal d'Albergaria». Foram depois substituídas e protegidas como se vê no postal. Mesmo assim não vingaram muito tempo, pois em 1918, a Câmara, presidida então pelo Dr. Francisco António de Miranda, mandou plantar outras que custaram 7$55.

Para além do já referido, também se verifica, nesses cinco anos decorridos entre as duas fotografias, que surgiram numerosas construções, entre as quais avulta, significativamente, uma situada a meio do lado esquerdo da Avenida. É a casa onde, a partir dos anos 30 durante dezenas de anos, foi a residência e consultório do Dr. Flausino Corrêa que fez de Albergaria a sua terra e a serviu com entrega devotada que muitos recordarão gratamente.

Essa casa, demolida há anos e substituída por um prédio de andares, foi considerada na época como um lindo «palacete». Concluída em 1911, pertenceu a Germano Araújo, durante longos anos Secretário da Câmara e foi obra do «habil architecto desta villa, sr. António Marques Pereira», como refere o jornal.

Anoto, por fim, que a fotografia foi tirada num domingo de manhã, dia em que se realizava o mercado semanal na Praça Ferreira Tavares. Ao cimo da Avenida vê-se o mostruário de venda da louça de barro espalhada no chão ensaibrado do passeio do lado direito. Era produto da antiga e afamada «Fábrica de Loiça da Biscaia», nos arredores de Assilhó.

Eis o que me ocorre sobre os postais publicados no número anterior deste jornal.

Embora o estudo da evolução da zona central de Albergaria-a-Velha tenha de ficar para mais tarde, creio que seria pena que estes elementos. agora revelados, se viessem a perder.

Albuquerque Pinho, Beira Vouga, Albergaria-a-Velha, 15 de Abril de 1987

terça-feira, 28 de abril de 2020

José Nunes Alves

1969-1981

Entrou para a Câmara como vereador aquando da Presidência do Dr. Flausino Correia e, após a saída deste, foi nomeado pelo Governo, em 1969, Presidente do Município. Geriu a Câmara com empenho e conseguiu ver realizadas obras que anteriormente estavam preparadas, mas retardadas no emperramento burocrático do Terreiro do Paço. Entre elas contam-se a Escola Preparatória e, por arrastamento a Escola Secundária, a Casa da Justiça, o Bairro Social das Lameirinhas, a remodelação de vias de comunicação, etc.

http://blogdealbergaria.blogspot.com/2010/11/jose-nunes-alves-1981.html

A memória do presidente da Câmara José Nunes Alves merece mais do que o nome em duas ruas, merece um busto! Foi presidente de Câmara antes do 25 de Abril de 1974, manteve-se no período revolucionário, como presidente da comissão administrativa, e venceu as duas primeiras eleições autárquicas livres. Faleceu no exercício do cargo, e merecia que o féretro tivesse saído dos paços do concelho - o que não aconteceu. A sua acção está aí, e devia ser devidamente recenseada. E recordada.

Mário Jorge Lemos Pinto (2010)

Em Outubro de 1973 a Secção de Albergaria-a-Velha da Escola Industrial e Comercial de Oliveira de Azeméis começou a funcionar nas casas do antigo Bairro Napoleão (na Bela Vista, ao lado do Ciclo Preparatório), que foram despejadas dos seus ocupantes (para Assilhó) e adaptadas a salas de aula. Foi um esforço e uma iniciativa importante do Presidente da Câmara Municipal de então, José Nunes Alves. Aí comecei eu a trabalhar, dando aulas de História e de Direito Comercial, aos cursos de Formação Feminina, Comércio e Mecânica, diurnos e nocturnos. Entre outros, estavam comigo também a dar aulas, Alberto Soares Pereira (que era o subdirector), Luisa Conde, Pureza Seabra, Luis Ribeiro, Olga Andrade, Alberto Gonçalves Silva, Natália Campos, António Fernandes Silva, Damião, Brites, Basilinda, padre José Maria Domingues.... Recordo por várias razões: porque estou a completar 40 anos de trabalho, ininterruptamente (incluindo serviço militar), o que já é muito tempo; porque há 40 anos que a Escola Secundária foi para o local onde hoje está; porque evoco com saudade alguns que já faleceram, e muitos dos meus alunos, com quem ainda hoje me cruzo; porque a memória do presidente José Nunes Alves e a sua obra continuam a reclamar a homenagem que lhe é devida. Sem meios, sem pessoal, sem automóveis, o presidente José Nunes Alves deixou uma obra imperecível.

Mário Jorge Lemos Pinto (2013)

domingo, 19 de abril de 2020

Flausino Fernandes Correia

1963-1969

Durante o seu mandato conseguiu que, finalmente, o ensino secundário oficial chegasse à nossa terra, o que representou notável avanço na preparação da juventude da região.

Fez construir o Mercado Municipal, inaugurou a Biblioteca Municipal, iniciou os trabalhos para a Casa da Justiça e para a construção de casas de renda económica, além de ter contribuído para a conclusão ou continuidade de numerosas outras oubra

http://blogdealbergaria.blogspot.com/2009/04/flausino-fernandes-correia-1906-1983.html

Sim, que o Dr. Flausino foi Presidente da nossa Câmara Municipal, de 1963 até fins de 1968, salvo erro ou omissão. E fez obra que se visse e ainda se está a ver, porque ainda se estão, ao que nos dizem, a fazer coisas que vieram do seu Mandato. Assim, durante 1964 continuaram as diligências para a criação da Escola Técnica, tomando a C. M. de arrendamento um prédio para funcionamento de uma das suas secções e assumindo o encargo das despesas para adaptação do respectivo edifício. Todo este problema prosseguiu até 1968, ano que a C. chamou a si a construção. Portanto, ESCOLA TÉCNICA.

Ainda em 1964, foi. adjudicada outra obra, que só terminou no ano seguinte e que foi O Abastecimento de Águas ao Angeja, Frossos e Frias.

MERCADO MUNICIPAL - Foi um dos seus grandes sonhos e que realizou. Veio a ser concluído em 1967.

Outra grande obra e que é fundamental para uma nova estrutura urbanística da nossa vila, era o PLANO DE URBANIZAÇÃO

É que todas estas realizações davam imenso trabalho, embora o Estado tivesse outra organização, que esta bagunçada hoje não tem.

Outra Obra e que ainda não está completa, tal a sua complexidade, mas que vem do seu mandato, é O SANEAMENTO DA VILA.

Outra Obra do Dr. Flausino, que, embora já criada, o era só no papel, porque não funcionava e ele com a C. conseguiram pôr de pé, foi a BIBLIOTECA MUNICIPAL. A Biblioteca Municipal Américo Martins Pereira foi inaugurada em Abril de 1965, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian.

A CASA DA JUSTIÇA - Só viria a ser inaugurada muito depois, mas o arranque dos trabalhos para a sua construção foi de Janeiro de 1965.

AS CASAS DA AVENIDA DA ASSILHó - Também foram concluídas em 1965, na Avenida da Assilhó, o nome popular dado à Avenida Dr. Bernardino de Albuquerque.

HABITAÇÃO SOCIAL - Muito significado teve a conclusão de 12 casas para pobres, em 1965, pelo contributo que veio a dar para dirimir o flagelo social que era e continua a ser o das carências habitacionais. De referir com particular interesse, que foi em 1967 que foram abertas as perspectivas para a construção das Casas de Renda Económica, em um total de 30.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA À VILA - Foi sob o seu mandato que foi substituída a conduta de água à vila, Sobreiro e Assilhó.

ESCOLAS PRIMÁRIAS E CANTINAS ESCOLARES - Algumas Escolas Primárias foram construídas sob o seu mandato, com destaque especial para a de Fontes (Alquerubim). E foi a C. M. da sua presidência que mandou construir cantinas escolares em Alquerubim, Albergaria e Loure.

E isto é só um apanhado, per suma capita, porque estamos a dar uma notícia e não a fazer História de Albergaria, para que nos faltam unhas...

Vasco Mourisca, Arauto de Osseloa, 15/10/1983

quarta-feira, 15 de abril de 2020

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Américo Martins Pereira

1947-1950

Foi Presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, iniciando um plano de rejuvenescimento da vila e apetrechamento geral do Concelho durante três escassos anos, porque foi inesperadamente interrompido pela morte, aos 44 anos anos.

A sua acção na Câmara foi metódica, contínua e apaixonada como era seu hábito de vida. Melhorou os serviços e conseguiu promover uma maior arrecadação de receitas; melhorou e reformulou as instalaçóes do Matadouro e reformulou os seus serviços; mandou fazer a planta de urbanização da vila, sede do Conselho, promoveu construções na Avenida Napoleão Luís Ferreira Leão, transformando os quintalórios no centro comercial da vila; elaborou o plano de distribuição domiciliária de água na freguesia de Albergaria-a-Velha; remodelou estradas do Concelho e continuou a sua electrificação. Batalhou constantemente pela concessão de subsídios do Estado para o muito que desejava realizar a favor dos Povos do Munícipio.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Bernardino Correia Teles de Araújo e Albuquerque

1934-1946

Durante 11 anos foi Presidente da Câmara de Albergaria (Presidente da Comissão Administrativa até 1937 e Presidente efectivo até 1946), cargo então exercido graciosamente. Durante esse tempo transformou o centro da Vila que se mantinha quase como seu pai o deixara, meio século antes.

Abriu a Avenida para Assilhó, construiu a Alameda fronteira à estação do Vale do Vouga e ajardinou a Praça. Comprou o terreno para a construção dos C.T.T., mandou abrir a estrada de Angeja ao Fontão e electrificou vários lugares e mandou explorar água em pontos diversos das freguesias. Tudo isto apesar das dificuldades, da carência de combustíveis e de materiais de construção, causadas pela II Guerra Mundial.

http://blogdealbergaria.blogspot.com/2015/11/bernardino-correia-teles-de-araujo-e.html

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Armando de Albuquerque Miranda

1927-1930
1946-1947

Foi Presidente da Câmara (entre 13 de Dezembro de 1927 e 31 de Dezembro de 1929 e, posteriormente, entre 02 de Janeiro e 17 de Dezembro de 1946) e Vice-Presidente da Câmara, tendo-se regularizado, durante a sua primeira presidência, a distribuição de energia eléctrica à freguesia de Albergaria. Depois, por largos anos, foi Director dos Serviços Municipalizados de Electricidade, contribuindo de forma empenhada para a electrificação de todo o Concelho.

http://blogdealbergaria.blogspot.com/2013/05/armando-de-albuquerque-miranda-1903-1968.html

Dinâmicas Territoriais em Albergaria-a-velha

Albergaria-a-Velha: Evolução da malha urbana Como se observa no anexo III.20, eram poucas as ruas que se podiam identificar no núcleo...